Muitos pela elegância, muitos pela praticidade, muitos por gosto pessoal, muitos pela segurança.
O preto é ou não é uma cor?
Um grupo de pessoas, sem ao menos pensar, prontamente responderiam que não. Mas mesmo que neguem o preto como cor, não podem negar que o preto carrega significados que não podemos atribuir a outras cores.
A soma de todas as cores do arco-íris é branca, já o preto é a ausência de todas elas.
Mas isso configura ao preto não ser uma cor? E se afirmarmos que o preto é uma cor sem cor?
Cor da negação, cor do luto, cor da elegância. Como não reconhecer o preto e todas essas simbologias?
Em várias culturas o preto é a cor do luto, a cor da morte, a cor do fim.
Por outro lado, aquilo que é clássico e luxuoso, também é preto.
Na Idade Média as cores escuras e sem brilho eram destinadas às classes menos favorecidas. Mas com o passar do tempo, o acesso à novos países, povos e materiais, o preto foi sendo aperfeiçoado, foi alcançando um tom mais intenso e se tornou uma cor nobre.
Por muitos anos, o preto se mantinha como protagonista.
Na reforma protestante, Lutero mostrava sua convicção de que pobres e ricos são iguais perante Deus, indo contra o comércio de indulgências para perdão dos pecados. Com isso tanto os que pregavam, como os que ouviam, usavam preto, pois segundo as regras de vestuário da época, o preto era uma cor que todos podiam usar.
No século XX, com o aumento da capacidade industrial, das coleções lançadas e dos modelos criados, a necessidade dos consumidores por novidades, só aumentava. E mesmo com a produção em massa, as marcas confeccionavam modelos em diversas cores, mas os que mais vendiam eram os pretos.
O preto imprime elegância, o preto é forte, o preto é expressivo.
Diante de tudo isso, podemos concluir que essa cor originada de forma tão singular e carregada de conceitos, ocupa um lugar sólido em qualquer lugar do mundo. Mesmo com significados opostos dependendo do país ou religião, a cor preta tem a sua importância.
Fonte Bibliográfica:
A psicologia das cores (Eva Heller)
Comentários
Postar um comentário